Seguir o Indicador de Performance vai matar o seu negócio!

Na imagem, vemos luzes ao longe, refletindo em uma lagoa durante a noite

Com um título como este, eu preciso ser honesto mostrando que este não será um texto contra o indicador de performance; minha intenção é na verdade questionar o outro componente do enunciado: o seguir.

Em um momento em que mudanças radicais estão ocorrendo em nossas vidas, por conta da mais recente pandemia, em que padrões de consumo, estética e graus de importância estão sendo repensados, seguir na mesma direção estratégica traçada no passado, insistindo no mesmo indicador de performance, pode ser o motivo do falecimento de nossas iniciativas.

Meu objetivo aqui é trazer algumas observações sobre o papel dos modelos práticos que utilizamos no processo de decisão organizacional, ilustrando os momentos em que temos a chance de mudar nosso ponto de vista sobre a realidade para que melhores decisões sejam tomadas.

A partir tanto da minha vivência organizacional como amparado por diferentes especialistas no assunto, desde cientistas cognitivos até filósofos da ciência, escrevo sobre o uso de modelos representativos, que nos permitem lidar com a grande quantidade de informações e incerteza da realidade; mostro o lugar de um indicador de performance dentro de cada modelo, como norte para a ação; e passo a analisar o uso e limites de um modelo, destacando oportunidades para correções de percurso estratégico.

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Comunicação Eficaz – Quem tem boca, faz Roma vir a si

botões de elevador mostrando comunicação não eficaz com duplicidade de informação

Em tempos de Customer Success Management e da enxurrada de novos conceitos trazidos de outras línguas, principalmente do inglês, em nosso meio corporativo, me vi obrigado a defender um aspecto da comunicação característica dos profissionais de tecnologia: o uso constante de palavras e siglas que muitas vezes não trazem qualquer sentido a um ouvinte menos ambientado, mas é eficaz frente a um público experiente.

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A Tomada de Decisão Gerencial pode ser melhorada?

Vista da Pedra do Pontal para as praias do Recreio e da Macumba, mostrando a tomada de decisão e suas influências

Em meu trabalho de conclusão da graduação, explorei alguns aspectos da tomada de decisão complexa por gestores. Na época, as chamei de decisões estratégicas, para diferenciá-las das decisões mais corriqueiras, tático-operacionais, no linguajar corporativo.

Anos depois, assistindo ao novo programa de entrevistas do David Letterman, no Netflix, fomos presenteados com esta lembrança do ex-presidente norteamericano Barack Obama, ao analisar seu atual momento:

– O meu representante em um possível contrato literário me ligou (e disse): os editores estão muito ansiosos. Temos que nos reunir logo. Agora mesmo. Estão muito interessados. Disse Obama.

– Falei: que tal amanhã?

– Não, não, vamos levar duas semanas para marcar… Respondeu o representante literário.

– E eu tive que explicar a ele: onde eu trabalhava, “agora mesmo” significa que se não for em meia hora, alguém morre.

Esta lembrança de seus tempos como presidente nos mostra algumas características do processo decisório estratégico:

  1. Estamos falando de decisões que impactam a vida de muitas pessoas, o que as torna importantes e necessárias; e
  2. Estas decisões encontram-se em um cenário de alta complexidade, dada a quantidade de informações e variáveis a serem analisadas em um curto espaço de tempo.

A partir deste cenário, podemos analisar tanto o trabalho de executivos, como o trabalho de estadistas, assim como podemos analisar qualquer decisão do tipo, seja ela tomada por quem for.

Com isto em mente, busquei mapear o processo decisório e, focando as decisões complexas, fui atrás de alguma orientação para melhores decisões. E esta foi minha conclusão:

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